quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Notas sobre o 52º Congresso da UNE

Depois de longos dias de campanha e busca incessante de apoio e votos (desculpas a todxs que enjoamos demais) nós, Yasmin Ferraz, Milena Sá, Fernanda Sampaio, Victor Alexandre (Chico Victor), Érica Coutinho, Bruno Guimarães e Caique Andrade, fomos para Goiás para participar do CONUNE – Congresso Bienal da maior entidade de representação estudantil de nosso país e trazemos hoje nossas impressões.
Compondo a Chapa 1 – Incendiando corações e mentes, que firmou como compromisso levar a avaliação da UFBa sobre como anda o REUNI, as experiências de uma gestão cada vez mais democrática e participativa – que tivemos nesse ano no DCE, entidade que representa todos os estudantes da UFBA, alertamos a UNE sobre a necessidade de meios que garantam a integração de todxs estudantes de todas as universidades brasileiras (públicas ou particulares) em torno de discussões sobre nossa educação e de seus caminhos, sendo a UNE então um porta voz dxs estudantes mais eficaz.
Em nossos quatro dias no CONUNE, pudemos participar de mesas de debates para construir novas opiniões sobre uma verdadeira Assistência Estudantil – que garanta a permanência do estudante e não seja tratada como favor; sobre a construção de um Sistema Único de Saúde, onde pudemos colocar todo o fôlego do BI em Saúde, trazendo novas perspectivas pra saúde brasileira e para o fortalecimento do SUS que nos é tão caro; e temas abrangentes como “Juventude, saúde, esporte, lazer e tempo livre”; além de espaços como o da Marcha Mundial das Mulheres, tendo uma conversa franca sobre o machismo nas universidades e possibilidades de intervenção.
Os diversos coletivos estudantis que compunham o espaço, mais ou menos organizados, grandes ou pequenos, nacionais ou regionais lotaram cada mesa pra trazer um pouco desse Brasil estudantil que às vezes não conseguimos ver. A UFBa estava vestida com várias camisas e pôde ter sua opinião propagada com as mais variadas caras e bocas. E dizemos mais, O BI em Saúde não fugiu a esse contexto e pudemos encontrar diversos colegas pelas ruas e nos debates, fazendo nossa voz de propagar literalmente pelos 4 cantos do país.
Foi um espaço de muito aprendizado. Perceber que a UFBa não está só em suas lutas e que os BI’s não são tão desconhecidos assim. Vimos como os espaços políticos e os embates gerados pelos muitos grupos já organizados não são sempre desmobilizados e polarizados (apesar de termos visto isso também), vimos que quando se trata da vida da estudantada brasileira as pautas convergem (quase sempre) e que mesmo de lados opostos, todos bradam o mesmo grito de uma melhor educação no nosso país, com mais investimento, mais responsabilidade e mais luta! A campanha dos 10% do PIB pra educação e os 50% do Fundo Social do Pré-Sal é ainda a luta central da entidade, que levou em diversas partes do país os estudantes pra rua e em Goiânia fez uma enorme caminhada mostrando essa bandeira.
Hoje percebemos a necessidade de construir cada dia mais as entidades estudantis, que falam por nós sem, muitas vezes, que saibamos, e que lutam pela melhoria do país de todos e não só do meu e o seu. A UNE completou seus 75 anos e nesses dias vimos que não foi uma entidade que morreu na ditadura. Vive até hoje, lutando e representando os estudantes brasileiros nos espaços institucionais e tentando mobilizar os estudantes do Brasil entorno de nossas bandeiras. Temos que fortalecer e ocupar esse espaço, como fizemos esse ano, quando mais de 5 diretores da UNE são da UFBa, para garantir nossa intervenção, afinal de contas: A UNE somos nós, nossa força e nossa voz.

Bruno Guimarães, Caique Andrade, Érica Coutinho, Fernanda Sampaio, Milena Sá, Victor Alexandre e Yasmin Ferraz – Estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, que em concordância com o CABIS foram representar nosso curso no CONUNE.


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